A turma que gosta de botar pilha aproveitou o momento conturbado para espalhar o boato de que o samba “favorito” era apoiado pelo chefão do movimento.
Isso fez com que diversos concorrentes esfriassem no transcurso da disputa. Afinal, quem se atreveria a encarar o poderoso adversário?
A notícia de que o “vencedor” já estava escolhido circulou de boca em boca. Saiu da quadra, passou pelos bares e biroscas e foi cair nos ouvidos do dito cujo que, até aquele momento, não sabia de absolutamente nada.
Foi o suficiente para enviar um mensageiro à quadra, informando que precisava ter uma reunião urgente com os diretores da agremiação e compositores ainda inscritos no corcurso de sambas.
Dois dias depois, no horário marcado, o homem chegou – acompanhado por seus “assessores”, logicamente. E foi bem claro:
- Vim aqui pra dizer a vocês que não tenho nada a ver com o samba de ninguém. Todo mundo sabe que o meu negócio é outro. E se continuarem envolvendo meu nome nessa muvuca de samba-enredo, o bicho vai pegar!
Copyright Cláudio Vieira – 2009
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