Os primeiros sambas que Monarco compôs na Portela foram em parceria com Alcides. Ao contrário de tantas outras vezes, agora Alcides caprichara nos versos que enalteciam a musa – o que valeu um comentário positivo de Dona Guiomar, mulher do "malandro histórico" (documentado no traço de Lan):
- Até que enfim vocês fizeram um samba decente. Até hoje, o que tenho ouvido são sambas em que a mulher é obrigada a se humilhar, rastejando.
Rapazola, Monarco ficou sem jeito. Explicou que era sempre o parceiro quem fazia a primeira parte e ele, então, apenas se limitava a dar continuidade ao argumento, na segunda estrofe.
Dona Guiomar encolheu os ombros e foi para a cozinha. Alcides, então, comentou com o companheiro:
- Não liga, não. Toda vez que eu faço um samba romântico, ela vem me questionar: “Alcides, quem é essa pilantra?”
Copyright Cláudio Vieira – 2009
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